Estranhas manias
Não deixa de ser estranho o hábito, largamente disseminado entre muitas pessoas, de aumentarem o tom de voz sempre que se dirigem a estrangeiros ou a idosos. No primeiro caso, enfim, não sei, porque se não compreendem o que proferimos, não é por falarmos mais alto que ficam a perceber melhor. No segundo, parte-se do princípio que o avanço da idade degenera a capacidade auditiva, o que felizmente nem sempre é verdade, pelo que o tom de voz só deve ser elevado se a pessoa (idosa ou não) demonstrar a sua efectiva incapacidade. E ainda assim há aqueles cuja dificuldade auditiva apurou a leitura dos lábios permitindo que a conversa de processe dentro do tom habitual. Outro aspecto que me constrange, no domínio da conversação com os mais velhos, é dirigirem-se a eles como se fossem crianças com dificuldades de aprendizagem.
3 Comentários:
Esse frequente erro na comunicação com deficientes auditivos, idosos ou crianças com deficiências de aprendizagem, resulta necessariamente do desconhecimento que geralmente se tem das especificidades dos “diferentes”. Assim sempre que se vir alguém a gritar por aí fiquem certos que devem ser cegos ou surdos, nunca mudos.
O anónimo fui eu , SUS.
anónima sil :)
é verdade que a ignorância é a causa de muitos males sociais (olhemos os exemplos de racismo e da incompreensível xenofobia). existem por aí muitos cegos porque n querem ver, muitos surdos porque n querem ouvir e muitos falantes que n lhes fazia mal se volta e meia fossem atacados pela mudez. Nos primeiros n me incluo mas tb já disse coisas q n devia (bacoradas, bacoradas)e certamente que vou continuar a dizê-las, mas nunca desrespeitando deliberadamente outras maneiras de ser e de estar.
Viva o respeito pelos outros! E viva o respeito dos outros por mim :).
(Vou auto-censurar-me e clicar no botão do silêncio antes que isto comece a descambar).
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