Ousar ser Primavera
São os rebentos de flores que agora estão a ousar espreitar da planta que está ao meu lado neste escritório (como se me quisessem desafiar para outros voos mais belos), são os raios de sol que me despertam sem pedir autorização e investigam todo o meu espaço com todos os direitos do mundo, são os trinados dos pássaros que teimam em se fazer ouvir, são eles que me comovem e me lembram que também já fui Primavera ousada, sem medo e sem barreiras.
Agora luto contra o embaraço de querer ser novamente Primavera, quando talvez deva ser Verão e não saiba como, ou talvez já o seja mas sem o conseguir vislumbrar.
Seja como for este meu estar é também um grito de liberdade, uma tentativa de mobilizar forças por causas, talvez já esquecidas, minhas, doutros e de tantos outros. É um não calar nem conformar com os desaires que nos rodeiam, sem ser necessário ir a tragédias nacionais ou internacionais, mas tão só às pessoas que nos ladeiam e se deixam cilindrar pelas exigências fúteis mas sedutoras ou intimidantes do dia-a-dia.
A isto digo não, a isto procuro escapar. No entanto por vezes é uma luta solitária, é um construir de uma ilhota que isola, onde também há mosquitos, plantas tão belas como venenosas, onde o ser humano é tão belo como distante, onde o dar as mãos tem a impossibilidade da distância do mar, onde as lágrimas podem queimar de tão salgadas a rolarem numa pele fragilizada pelos esforços.
Nestas alturas procuro cúmplices de forma mais desesperada, colos mais abastados e mãos que se possam aproximar para não escorregar nem magoar de forma severa. Dai os gritos de S.O.S., por vezes silenciosos, mais a pedir que a dar, mais mendiga que benemérita (sem qualquer presunção de que alguma vez o tenha sido).
Agora luto contra o embaraço de querer ser novamente Primavera, quando talvez deva ser Verão e não saiba como, ou talvez já o seja mas sem o conseguir vislumbrar.
Seja como for este meu estar é também um grito de liberdade, uma tentativa de mobilizar forças por causas, talvez já esquecidas, minhas, doutros e de tantos outros. É um não calar nem conformar com os desaires que nos rodeiam, sem ser necessário ir a tragédias nacionais ou internacionais, mas tão só às pessoas que nos ladeiam e se deixam cilindrar pelas exigências fúteis mas sedutoras ou intimidantes do dia-a-dia.
A isto digo não, a isto procuro escapar. No entanto por vezes é uma luta solitária, é um construir de uma ilhota que isola, onde também há mosquitos, plantas tão belas como venenosas, onde o ser humano é tão belo como distante, onde o dar as mãos tem a impossibilidade da distância do mar, onde as lágrimas podem queimar de tão salgadas a rolarem numa pele fragilizada pelos esforços.
Nestas alturas procuro cúmplices de forma mais desesperada, colos mais abastados e mãos que se possam aproximar para não escorregar nem magoar de forma severa. Dai os gritos de S.O.S., por vezes silenciosos, mais a pedir que a dar, mais mendiga que benemérita (sem qualquer presunção de que alguma vez o tenha sido).
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