De ano para ano a estrada para o Natal vai-se deteriorando. Antes era bem asfaltada, ampla, iluminada e iluminável. As pessoas circulavam sem grandes contratempos, raramente havia filas e quando havia eram como que um apelo ao convívio salutar. Ninguém se lembrou da sua manutenção. Ou melhor, talvez muita gente se lembrasse, mas o comodismo falou mais alto e esperou-se que o Espirito Natalício (E.N.) cuidasse de o fazer. Pobrezito, primeiro foi chicoteado pelo individualismo, depois foi atacado por uma epidemia chamada consumo que, infelizmente, evolui e que agora se encontra no seu tipo mais grave: o tipo desenfreado. O E.N. está magrinho e rezingão. Ouvi dizer que subsistir, para ele, se tornou numa obrigação. Vamos dar-lhe ânimo e razões para permanecer vivo e sem oscilações de humor. Vamos construir uma auto-estrada sem portagens, bem sinalizada e iluminada de sorrisos conducente a um natal harmonioso. (Convém é conduzir com cuidado e não esquecer que o lema é “este natal [e os que virão] faça-se presente”).
1 Comentários:
Eu só me contento com a via láctea e toda a sua infinitude de dádivas.
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