sábado, maio 28, 2005

dejá vú


Transparência LV, técnica mista sobre seda natural de MARIA CONCEIÇÃO VALDÁGUA

Nos conceitos de contemporaneidade a transparência é ordem...pena que só nas expressões artísticas, especialmente nos imóveis com grandes interesses mercantilistas: para facilitar a atenção, a apelo, o interesse e, por fim, o envolvimento em transacções de aquisição e posse.

Que falta este faz nas relações humanas, que apelos e interesses tão mais importantes se despoletariam, levando a investimentos de uns nos outros que nos arrancariam a este marasmo de nos escondermos, dos outros e de nós próprios.

Se eu vossa presidente (fosse do que fosse) transparência passava a ser palavra de ordem entre os humanos, desenvolveria mecanismos em que passaríamos a olhar as entranhas de cada um e, mais importante, a amá-las. Contrataria os cientistas mais conceituados para que descobrissem os mecanismos do amor universal e da partilha geral...de repente tive uma percepção dejá vú.

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Limitação e cálculo na transparência da obra que é o ser(-se)...
Se deixassemos de nos esconder de nós próprios nem sequer careceríamos desses cientistas, ou facilitar-lhe-iamos a empreitada.
E porque 'obrigar' à transparência, a uma igualdade sem permeios, se seria totalizante... arrecadando-se sem diferença a indiferença - é um ponto de vista, só o meu.
Belo texto, como nos habituaram.

3:37 da manhã  
Blogger trutasalmonada disse...

perfeitamente de acordo, pma, dai o dejá vú das realidades que alegaram tentar concretizar ideiais tão altruístas e resultaram num goro abusivo e 'quase' tresloucado.

10:51 da manhã  

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