quinta-feira, setembro 14, 2006


fotos de ff


Molho os pés, as ondas envolvem-nos como se os ansiassem faz tempo, e vêm as saudades do tempo ausente a este instante, o que medeia este momento com o que antecedeu em emoções equivalentes e as saudades deste momento que passava a passado, tal como outro em que estes pés entrelaçavam nas algas dos sonhos tornados realidade. Saudades do que ainda não vivi no dedo que se encontra atrevidamente com outro dedo, provocando uma leve, delicada e significativa faísca que se vai impregnando devagar e ousadamente, num sentido ascendente, até chegar ao curto-circuito da combustão eléctrica daquele músculo pretensiosamente romântico (aquele que parece um ‘punho fechado’, podendo transformar-se num agente das mais belas chuvas de estrelas, ocorridas nos cantos mais insólitos, ou no faiscar do olhar mais enlouquecedor e sedutor imaginado, de gestos que redimiriam qualquer religioso encerrado no seu poder vaticanal, aquele que também profere efeitos de murros dum enorme peso pesado)?!?.

6 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

É o segundo pé com que nos presenteias... Prefiro o outro, que apetece acordar...

Vinicius de Moraes
A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.

O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.

Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham a você.

Assim como o Oceano, só é belo com o luar
Assim como a Canção, só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem, só acontece se chover
Assim como o poeta, só é bem grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor, não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você!

(conceptualizar, sempre... Vinicius, "eu sei e você sabe". Amo-te)

7:50 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

O poema de Vinicius, completo!! "O maior solitário é o que tem medo de amar". Dá outro alento...

8:21 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

O poema de Vinicius, completo!! "O maior solitário é o que tem medo de amar". Dá outro alento...

8:21 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

o maior solitário é o que fica só sem o seu amor enão o que se protege que tal mal lhe aconteça...

2:48 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

(vamos alimentar o debate...) o maior solitário sou eu, quando estou longe de ti..
Estou num cruzamento de caminhos (tantos caminhos!! o meu, o teu, o nosso, o dos outros...), parado, à tua espera. O tempo que for preciso.

4:12 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Este blog já não é o que era... (já nada é como dantes!!)
Parece-me, a mim, anónima atenta, que isto é um campo de batalha!! Que combates, que lutas, que amores, que desamores... Há vida...

4:43 da tarde  

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