quarta-feira, fevereiro 07, 2007

para L

fotos ff

Ela deslizava ondulante, brindando-nos com o frufru dos seus folhos delicados, que lhe acariciavam a suave tez das coxas delineadas pelo extenuante exercício de ser mulher, num contexto onde não basta ter olhos bonitos, gestos suaves e coração meigo.

Ela era uma inspiração para se ser por fora o que nos imana de dentro, sem rodeios nem máscaras, sem ‘faz de conta que sou…’, nem vãs palavras soltas que se perdem nas frequências dos lugares públicos em overloaded.

Ela era a pureza de ser mulher na essência da opção de vestir, mover, falar aquilo que outros/as têm de ser por imposição genital, que parece ter protocolo genito-socio-religioso, no qual o visado não tem qualquer poder de decisão.

Ela renova-me a aprendizagem de ser gente.
Ela faz-me sentir vergonha dos queixumes caprichosos.
Ela, como tantos outros que se vão cruzando na minha existência, faz-me ver a gratitude das bênções que me são ofertadas.

Obrigada L por contribuíres para mais um enriquecimento da existência, quebrando enquadramentos floreados e castradores da riqueza da expressividade humana.

3 Comentários:

Blogger SoNosCredita disse...

linda declaração! :)

2:48 da tarde  
Blogger indigente andrajoso disse...

:)

9:18 da tarde  
Blogger Siona disse...

Ohh, obrigada! :) Não mereço esta atenção tua, nem os teus "elogios", mas obrigada!

Um beijinho muito, muito grande,
L.

2:33 da manhã  

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