o sol e a lua
“Sinto-me como se não tivesse pele” – dizia-me ela olhando-me com os seus olhos cansados, com uma pequeníssima réstia de esperança de que eu a resgatasse àquele sofrimento.
“A mais pequena coisa que venha contra mim dói como se eu sangrasse até me esvair!” – continuou, enquanto os seus passos continuavam imobilizados, num resquício de protecção com o que o nosso mecanismo do medo nos brinda, mesmo quando todos os outros recursos nos abandonaram.
Prometi-lhe que o sol a aqueceria, sem a queimar e que a lua a iluminaria, sem a cegar.
Pareceu acreditar. Esboçou um sorriso com a pele dorida e arrastou um pé atrás do outro até me pegar na mão.
Atrás um rasto de sangue prometia estancar-se.
“A mais pequena coisa que venha contra mim dói como se eu sangrasse até me esvair!” – continuou, enquanto os seus passos continuavam imobilizados, num resquício de protecção com o que o nosso mecanismo do medo nos brinda, mesmo quando todos os outros recursos nos abandonaram.
Prometi-lhe que o sol a aqueceria, sem a queimar e que a lua a iluminaria, sem a cegar.
Pareceu acreditar. Esboçou um sorriso com a pele dorida e arrastou um pé atrás do outro até me pegar na mão.
Atrás um rasto de sangue prometia estancar-se.
3 Comentários:
há cansaços que nos vão corroendo a pele e tapando cada vez mais a alma...a cada nova dor,parece sentir-se novamente todas as outras...cada mão que nos toca retarda uma morte que sabemos que virá...
Olá
Já faz tempo que cá nao vinha.
Adorei andar por aqui a passear.
Adicionei o link do teu blog na minha página.
vou voltar mais vezes. ;)
bjs
Sílvia
FF,
Gostava que passasses lá no "ATORDOADAS" para "comeres" uma fatia de bolo pelo 1º aniversário.
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