No Tempo Em Que Me Queriam Proibir de ler
Não sei porquê, nem sei quem, disse-me que eu não devia ler muito porque podia fica ‘maluca’. Não sei porquê, nem sei bem que outro quem disse-me que não devia acreditar no que lia. Também não sei que alguém me disse que não devia envolver-me no que lia.
Não sei se por teimosia ou casmurrice, defeito ou feitio, fechei-me à chave da casa de banho com livros escondidos como caramelos daqueles que se desfazem suavemente na boca, e que não queremos partilhar com ninguém, e li, li e li, sempre a saborear a suavidade intensa dos caramelos, conheci gentes e lugares que localizei num globo só meu, os caramelos iam-se desfazendo suavemente na intensa doçura, chorei, ri, zanguei-me, sorri, compreendi, entristeci-me, enciumei-me e acreditei.
Não sei porquê agora que já não há quem nem alguém que me diga alguma coisa sobre o meu ler, ainda me fecho na casa de banho a saborear os meus livros com a suavidade intensa dos caramelos que já não posso comprar, ainda sinto a adrenalina de ser descoberta e apanhada em flagrante delito.
Não sei se por teimosia ou casmurrice, defeito ou feitio, fechei-me à chave da casa de banho com livros escondidos como caramelos daqueles que se desfazem suavemente na boca, e que não queremos partilhar com ninguém, e li, li e li, sempre a saborear a suavidade intensa dos caramelos, conheci gentes e lugares que localizei num globo só meu, os caramelos iam-se desfazendo suavemente na intensa doçura, chorei, ri, zanguei-me, sorri, compreendi, entristeci-me, enciumei-me e acreditei.
Não sei porquê agora que já não há quem nem alguém que me diga alguma coisa sobre o meu ler, ainda me fecho na casa de banho a saborear os meus livros com a suavidade intensa dos caramelos que já não posso comprar, ainda sinto a adrenalina de ser descoberta e apanhada em flagrante delito.
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