Macabro Auto-Destrutivo
“Sou um nojo, um traste, não mereço viver, a minha vida não tem sentida. (...)
Não vale a pena insistir, o sentido da vida resume-se não ao que podemos pensar, mas ao que podemos fazer, porque, podemos ser grandiosos em pensamento, mas se não sentirmos o perfume que a chuva exala, e criarmos alguma coisa, por mais débil e imperfeita que seja, não passamos de estátuas pensantes.” JP
“Eu corto, a carne separa-se, eu fico tonta, e não sinto e tudo é perfeito, porquê?
Porque tudo é perfeito, o vermelho do sangue, o seu calor, o deslizar na minha pele, o seu cheiro, o seu sabor metálico, a cedência da minha carne contra a faca, a suavidade do gume afiado, o meu coração acelerado.
Tudo nesse momento é perfeito, tudo é feito de sentir não sentir, pensar não pensar.
Na minha cabeça ecoa faz que o amor é assim, o ódio também é assim e eu não sei por qual dos dois me pauto.
Nestes momentos só me apetece cortar, soltar o sangue e com ele as minhas impurezas.” JP
Escreve uma jovem em desespero onde a flebotomia surge como uma forma de morrer ‘aos poucos’, prova de uma insensibilidade física por alguém que ‘já está morto’, ou ainda como forma de aplacar uma auto-culpabilização desadequada. Descrevendo o seu sentir e não sentir tanto pelo prazer estético como pelo efeito redentor - à laia de bula por si institucionalizada.
Concretizações de um conflito interiorizado entre o que deseja e emocionalmente vive dentro de si com o que percepciona dever sentir e concretizar.
Estamos no fio da navalha, tendemos a ser a negação de nós próprios, numa projecção ilusória do que se espera que sejamos, ainda que nunca o possamos ser – felizmente!
Façam-me o favor de ver a beleza que o espelho vos devolve e não desesperar por formas e cores inventadas por uma necessidade manipulativa de quem almeja ‘poder’.
Não vale a pena insistir, o sentido da vida resume-se não ao que podemos pensar, mas ao que podemos fazer, porque, podemos ser grandiosos em pensamento, mas se não sentirmos o perfume que a chuva exala, e criarmos alguma coisa, por mais débil e imperfeita que seja, não passamos de estátuas pensantes.” JP
“Eu corto, a carne separa-se, eu fico tonta, e não sinto e tudo é perfeito, porquê?
Porque tudo é perfeito, o vermelho do sangue, o seu calor, o deslizar na minha pele, o seu cheiro, o seu sabor metálico, a cedência da minha carne contra a faca, a suavidade do gume afiado, o meu coração acelerado.
Tudo nesse momento é perfeito, tudo é feito de sentir não sentir, pensar não pensar.
Na minha cabeça ecoa faz que o amor é assim, o ódio também é assim e eu não sei por qual dos dois me pauto.
Nestes momentos só me apetece cortar, soltar o sangue e com ele as minhas impurezas.” JP
Escreve uma jovem em desespero onde a flebotomia surge como uma forma de morrer ‘aos poucos’, prova de uma insensibilidade física por alguém que ‘já está morto’, ou ainda como forma de aplacar uma auto-culpabilização desadequada. Descrevendo o seu sentir e não sentir tanto pelo prazer estético como pelo efeito redentor - à laia de bula por si institucionalizada.
Concretizações de um conflito interiorizado entre o que deseja e emocionalmente vive dentro de si com o que percepciona dever sentir e concretizar.
Estamos no fio da navalha, tendemos a ser a negação de nós próprios, numa projecção ilusória do que se espera que sejamos, ainda que nunca o possamos ser – felizmente!
Façam-me o favor de ver a beleza que o espelho vos devolve e não desesperar por formas e cores inventadas por uma necessidade manipulativa de quem almeja ‘poder’.
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