gosto
foto ff
Gosto de Saramago, pronto, gosto…está dito!
Gosto porque sim.
Não porque se disse isto ou aquilo dele, por que este ou aqueloutro escreveu sobre ele (do que sinceramente pouco ouvi, li ou assisti).
Não gosto mais ou menos dele do que de outros, simplesmente por que li menos deles ou porque os li com boa ou má disposição, ou porque sou esta e não aquela.
Sou esta que ao lê-lo se vê encomendada para uma anamnese de cores, forma, cheiros e sons que também lhe povoaram a infância, se vê cúmplice de primores infantis e juvenis de cuidados nas afirmações sobre verdades mutantes e metamorfoseadas; de raciocínios lógicos que assaltam dogmas religiosos e culturais de forma incontrolável porque não fazem sentido, dentro de um outro sentido que se instala nos meandros neuronais como um visitante que vem para ficar sem data de partida, fazendo redemoinhos, loupings, cambalhotas, reviravoltas, flick e flacks, mortais de frente e detrás, em relação a muito daquilo que é dito, feito, escrito pelos que me rodeavam e ainda rodeiam; de fantasias que não coincidentes têm dentro de si a mesma paixão, a mesma ternura e aquele entusiasmo de quem sorve cada sopro de brisa, cada palavra lida ou falada, para depois analisar como um cirurgião com um bisturi, por que faz parte desse todo que se quer conquistar que é a natureza, onde a conquista de si mesmo é inevitavelmente latente.
Gosto sem pretensões nem comparações, porque ele foi dotado da capacidade de com a simplicidade falar sobre o que se nos assume como complexo e emaranhado, porque é memória com vertigens, porque é fantasia em litigio, porque é sonho/desejo e medo em conflito, o que dentro de mim fica difícil de esmiuçar, de pintar com letras ou sons.
Gosto pela simplicidade
Gosto pela generosidade da partilha do seu sentir
Gosto porque me faz sentir mais próxima de mim, porque me permite ser autenticamente eu própria.
Gosto.
(palavras que se me soltaram durante a leitura de "As Pequenas Memórias" do autor, oferecido no Natal pela minha querida mana)
Gosto de Saramago, pronto, gosto…está dito!
Gosto porque sim.
Não porque se disse isto ou aquilo dele, por que este ou aqueloutro escreveu sobre ele (do que sinceramente pouco ouvi, li ou assisti).
Não gosto mais ou menos dele do que de outros, simplesmente por que li menos deles ou porque os li com boa ou má disposição, ou porque sou esta e não aquela.
Sou esta que ao lê-lo se vê encomendada para uma anamnese de cores, forma, cheiros e sons que também lhe povoaram a infância, se vê cúmplice de primores infantis e juvenis de cuidados nas afirmações sobre verdades mutantes e metamorfoseadas; de raciocínios lógicos que assaltam dogmas religiosos e culturais de forma incontrolável porque não fazem sentido, dentro de um outro sentido que se instala nos meandros neuronais como um visitante que vem para ficar sem data de partida, fazendo redemoinhos, loupings, cambalhotas, reviravoltas, flick e flacks, mortais de frente e detrás, em relação a muito daquilo que é dito, feito, escrito pelos que me rodeavam e ainda rodeiam; de fantasias que não coincidentes têm dentro de si a mesma paixão, a mesma ternura e aquele entusiasmo de quem sorve cada sopro de brisa, cada palavra lida ou falada, para depois analisar como um cirurgião com um bisturi, por que faz parte desse todo que se quer conquistar que é a natureza, onde a conquista de si mesmo é inevitavelmente latente.
Gosto sem pretensões nem comparações, porque ele foi dotado da capacidade de com a simplicidade falar sobre o que se nos assume como complexo e emaranhado, porque é memória com vertigens, porque é fantasia em litigio, porque é sonho/desejo e medo em conflito, o que dentro de mim fica difícil de esmiuçar, de pintar com letras ou sons.
Gosto pela simplicidade
Gosto pela generosidade da partilha do seu sentir
Gosto porque me faz sentir mais próxima de mim, porque me permite ser autenticamente eu própria.
Gosto.
(palavras que se me soltaram durante a leitura de "As Pequenas Memórias" do autor, oferecido no Natal pela minha querida mana)
Etiquetas: livros
8 Comentários:
Assino por baixo. Cada vez que na pilha de livros me aparece outro dele, a sensação de ler a primeira página é de "ah, agora sim".
Ainda não li as Pequenas Memórias do autor, mas Saramago é um dos meus autores preferidos de toda a história da literatura universal. E, apesar de toda a gente ter direito à sua opinião, arrelio-me quando vêm com aquela treta da pontuação isto, da pontuação aquilo. Como o próprio Saramago diz, escreve assim para o leitor ter de ler até as frases lhe ressoarem na cabeça. Porque uma frase é muito mais que um sujeito, um verbo, um objecto e um ponto final.
Onde anda esta princesa de que eu gosto tanto???
onde?
estou com imensas saudades de falar ctg, estar ctg, ...
a minha morada agora e: largo da graça nº38, 1andar
1170 - 093 lisboa
da-me 1 noticia! bjo amo-te muito
Nunca percebi porque se queixam as pessoas da pontuação do Saramago. O seu modo de escrever é tão perfeito que consegue-se ler de maneira fluída as suas obras. Muito mais do que a maior parte dos autores que têm os cuidados gramaticais e outros que tais.
É sem dúvida o meu escritor português preferido. Já li os dois Ensaios, o Evangelho (o que gostei mais), as intermitências, o todos os nomes (o que gostei menos) e o homem duplicado. penso que não me esqueci de nenhum. No entanto, e apesar de gostar bastante dele, só lerei mais um. Terminarei com o Levantado do Chão.
é bom ler-te HBesteiro, fiquei curiosa em saber porque vais terminar com o levantar do chão?
ff
Por ser a obra que retrata por um lado a miséria do povo alentejano oprimido ao longo dos anos pelos latifundiários, o estado (novo e não só) e a a própria igreja. E por outro lado a luta obstinada e com sacrifícios desse mesmo povo para combater as injustiças sociais.
Entre os meus livros preferidos encontram-se o Germinal, os Capitães da Areia, o Até amanhã Camaradas e A Mãe... Logo é uma escolha óbvia a leitura do Levantado do Chão :)
clarissimo e contagiante teu interesse HBesteiro, mas porque planeias ser o último livro do Saramago, porque decidiste não ler mais nenhum após esse? eu li quase os mesmos que tu e ambiciono, intercalando com tantos outros de outros autores que vou lendo, ler outros dele, tenho sempre curiosodade e quero sempre ser surpreendida ou pelo menos encantada
ff
Essencialmente por falta de tempo. Preciso de tempo para ler outros autores. As minhas pilhas de livros por ler acumulam-se a uma velocidade muito superior à de leitura. Infelizmente o tempo é limitado e finito e porquanto prefiro colocar como prioridade a leitura de uma série de livros e autores clássicos.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial