I Saw! I Saw The Light! (Da Imortalidade)
Eu vi! Eu vi!
Eu vi a poucos palmos de distância do meu nariz, a imortalidade tão límpida, para em poucos instantes (em tempo divino) se esvair ali mesmo junto à minha retina. Imortalidade finita num corpo divino, infinita na capacidade reprodutora que assegura a continuidade, a imortalidade objectivada no útero feminino.
A imortalidade no imaginário futurista de Enki Bilal. Mundo onde o corpo dá forma e cor aos sentimentos, memórias, ideias e expressividade. Corpo onde a desarmonia e enojamento corporizam a fealdade daqueles que protagonizam os ‘maus’, opondo-se à harmonia e ao apelo daqueles que numa tentativa de consenso estético são belos humanos que representam delicadas formas de ser ‘bons’.
Dualidade complementar que acaba por ser infinitamente enriquecida pela figura do divino, obsceno na sua imposição e nos seus métodos violentos, igualmente belo na sua força e imponência, sedutor no seu poder restaurativo, recuperador e curativo, por fim terrivelmente tranquilizador na sua finitude prédeterminada que o habilita aos ‘acessos’ de humor e consequente labilidade na acções, dirigidas para o objectivo da fecundação, manifestas na forma de lidar com quem a corporiza.
Uma mulher, outra mulher e outra mulher, encerram todas as mulheres que um homem consegue conceber: uma mulher que compreende, uma mulher que controla, uma mulher que sente. Sendo a mulher que sente aquela que fascina o seu autor; aquela que contém em si todas as dores de todas as mulheres: da separação, da perda e da tristeza de tudo o que é rude e que a torna rude; aquela que contém em si todas as alegrias de todas as mulheres: da maternidade, do amor do outro, da missão divina da continuidade e do amor incondicional.
Uma viagem muito enternecedora num mundo aparentemente muito violento e hostil, com uma doçura conseguida por quem só pode ter sido acariciado, ou ter visto ser acariciado, o homem por uma mulher que sente. Uma visão não inovadora mas redentora, numa necessidade profética de saber que o sentir vence ao controlo imposto, como num conto infantil em que no fim os ‘maus’ são castigados e os ‘bons’ recompensados, para assim propagarem a ‘boa nova’. Perspectiva muito sedutora no espaço dado à vitória do amor, condimentada com a bestialidade humana e divina fundidas e inevitáveis.
Viagem ao encontro da nossa humanidade – L’ Immortel de Enki Bilal.
Eu vi a poucos palmos de distância do meu nariz, a imortalidade tão límpida, para em poucos instantes (em tempo divino) se esvair ali mesmo junto à minha retina. Imortalidade finita num corpo divino, infinita na capacidade reprodutora que assegura a continuidade, a imortalidade objectivada no útero feminino.
A imortalidade no imaginário futurista de Enki Bilal. Mundo onde o corpo dá forma e cor aos sentimentos, memórias, ideias e expressividade. Corpo onde a desarmonia e enojamento corporizam a fealdade daqueles que protagonizam os ‘maus’, opondo-se à harmonia e ao apelo daqueles que numa tentativa de consenso estético são belos humanos que representam delicadas formas de ser ‘bons’.
Dualidade complementar que acaba por ser infinitamente enriquecida pela figura do divino, obsceno na sua imposição e nos seus métodos violentos, igualmente belo na sua força e imponência, sedutor no seu poder restaurativo, recuperador e curativo, por fim terrivelmente tranquilizador na sua finitude prédeterminada que o habilita aos ‘acessos’ de humor e consequente labilidade na acções, dirigidas para o objectivo da fecundação, manifestas na forma de lidar com quem a corporiza.
Uma mulher, outra mulher e outra mulher, encerram todas as mulheres que um homem consegue conceber: uma mulher que compreende, uma mulher que controla, uma mulher que sente. Sendo a mulher que sente aquela que fascina o seu autor; aquela que contém em si todas as dores de todas as mulheres: da separação, da perda e da tristeza de tudo o que é rude e que a torna rude; aquela que contém em si todas as alegrias de todas as mulheres: da maternidade, do amor do outro, da missão divina da continuidade e do amor incondicional.
Uma viagem muito enternecedora num mundo aparentemente muito violento e hostil, com uma doçura conseguida por quem só pode ter sido acariciado, ou ter visto ser acariciado, o homem por uma mulher que sente. Uma visão não inovadora mas redentora, numa necessidade profética de saber que o sentir vence ao controlo imposto, como num conto infantil em que no fim os ‘maus’ são castigados e os ‘bons’ recompensados, para assim propagarem a ‘boa nova’. Perspectiva muito sedutora no espaço dado à vitória do amor, condimentada com a bestialidade humana e divina fundidas e inevitáveis.
Viagem ao encontro da nossa humanidade – L’ Immortel de Enki Bilal.
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