palavras...inhas...ões
fotos de ff
Há dias em que as palavras me ficam aprisionadas no enredado dos alvéolos pulmonares...tusso, tusso e nada, nem com cinésiterapia elas ganham a liberdade que as faz esvoaçar sonhos errantes.
Nesses dias eu resguardo-me sob o meu cobertor vermelho a esmoer palavras, palavrinhas e palavrões, até que…quando menos espero, o vómito acontece e um misto de sensações o acompanha: alivio pela libertação, o incómodo pela necessidade de as limpar e reorganizar até que o cheiro de guardado se volatilize, dando lugar a cheiros extremamente diversos e interessantes.
publicada por trutasalmonada às
9:11 da manhã
7 Comentários:
Não posso dizer que sofro do mesmo mal, até porque eu nunca guardo palavras. Não consigo. Nem reconheço essa sensação de vómito... Julgo apenas que precisas de cuidado para não deixares sair o que não queres que saia...
mas é tão bom quando isso acontece!
Entendo.
Tenho demasiadas saudades.
Gostei, demasiado!
Acho que até me fez falta não ser vomitade e envolta pelo cheiro a guardado.
wakewinha obrigada pela partilha... não te preocupes com o que deixo sair pois: por um lado já trilhei diversos caminhos para me coibir do que me é saudável sem ser gratuitamente prejudicial aos outros, por outro também conto com a minha capacidade para assumir e lidar com quaisquer verdades (minhas, claro, porque autênticas e genuinas) que me saiam mais ou menos desenfreadas...não vivo com coletes de força, porque as minhas opções são livres, entender as suas consequências são o meu maior enriquecimento.
sim, sonoscredita e hodiguitria, parece que partilhamos aquela sensação catártica de libertação...não há muitas coisas que se lhe comparem no efeito geral que nos provoca: por quase levitamos.
sil...sim...a tudo...
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