o sol e a lua
“Sinto-me como se não tivesse pele” – dizia-me ela olhando-me com os seus olhos cansados, com uma pequeníssima réstia de esperança de que eu a resgatasse àquele sofrimento.
“A mais pequena coisa que venha contra mim dói como se eu sangrasse até me esvair!” – continuou, enquanto os seus passos continuavam imobilizados, num resquício de protecção com o que o nosso mecanismo do medo nos brinda, mesmo quando todos os outros recursos nos abandonaram.
Prometi-lhe que o sol a aqueceria, sem a queimar e que a lua a iluminaria, sem a cegar.
Pareceu acreditar. Esboçou um sorriso com a pele dorida e arrastou um pé atrás do outro até me pegar na mão.
Atrás um rasto de sangue prometia estancar-se.
“A mais pequena coisa que venha contra mim dói como se eu sangrasse até me esvair!” – continuou, enquanto os seus passos continuavam imobilizados, num resquício de protecção com o que o nosso mecanismo do medo nos brinda, mesmo quando todos os outros recursos nos abandonaram.
Prometi-lhe que o sol a aqueceria, sem a queimar e que a lua a iluminaria, sem a cegar.
Pareceu acreditar. Esboçou um sorriso com a pele dorida e arrastou um pé atrás do outro até me pegar na mão.
Atrás um rasto de sangue prometia estancar-se.