segunda-feira, junho 26, 2006

Cumplicidades


fotos de ff

Perda, perdas, perder…são os vocábulos que assomam em forma de tempestade nos meus jardins secretos e revoltos.
Solidão, isolamento, isolamentos… são os inevitáveis substantivos que acompanham os fenómenos e as emoções advindas das perdas.
Chilreados, cores e terra lavada… são os sentidos que alegram os dias mais nublados e iluminam os mais cinzentos e húmidos.
Sorrisos, olhares doces e carícias ternas… são o alento para cada dia mais exigente onde o sofrimento abunda e os nossos braços e abraços são escassos.
Uma palavra…pode tornar as perdas menos dolorosas, a solidão menos só, os sentidos mais apurados e os sorrisos mais encantadores.
Cumplicidade, cumplicidades, cúmplices...eles, os outros irmãos na humanidade, elas, as palavras irmãs da ubiquidade.

terça-feira, junho 20, 2006






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“Creio que aprendi a ideia dos padrões com os clientes japoneses. Quando fornicava, um nipónico não se limitava a movimentos de vaivém. Não era esse o estilo asiático. Ao invés, consistia em penetrar, mais para dentro, um pouco para fora, para dentro, um pouco para fora, para fora, para dentro, dentro, dentro. Uma pessoa podia perder-se naquela combinação de padrões e ritmos. Sempre gostaria de perguntar a qualquer dos meus clientes japoneses se eles estavam a seguir o compasso de qualquer ritmo oriental tradicional, de alguma música destinada à fornicação. Mas nenhum deles sabia Inglês suficiente para me responder. Sentia-me fascinada com as suas fantasias, e calculei que eles desejariam a felação executada no mesmo estilo, o que implicava uma maneira artística e não meramente a operação de chupar, chupar, chupar. Havia uma elevada percentagem de estimulação envolvida – estimulação, carícias e surpresa, no clímax. Além de um intenso prazer.”

Autobiografia de Dolores French: “O meu trabalho como prostituta”

quinta-feira, junho 15, 2006


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Há meses que a minha cama está feita com lençóis de cetim, por estrear. Ainda não permiti que ninguém lá se deitasse, nem eu própria.
Primeiro há que deitar-nos nos lençóis de veludo dos sentimentos, uma vez lá, se nestes nos soubermos aconchegar, aquecer e relaxar, então juntos nos de cetim iremos mergulhar.

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Peço desculpa a todos quantos magoei e magoo.
Por desespero, por egoísmo, por incapacidade, por mesquinhez, e que inadvertidamente magoei ou magoo por ser, por querer ser, por não conseguir ser…uma pessoa melhor, mais altruísta, mais generosa, menos susceptível.
Peço desculpa a todos os que magoarei…mas garanto honestidade afectiva, ainda que complexa.