hoje o sol do fim de tarde deslizou pela minha sala de forma bastante subtil até roçar alguns dos meus actuais companheiros de viagem, o Calvino sentiu cócegas e sorriu, o Hugo Mãe ficou com os olhos brilhantes à espera do luar, a Velho da Costa sentiu a sensualidade do calor, o Cossery espreguiçou-se languidamente, Pessoa sentiu-se habitado, Kafka desculpabilizado, Aub justificado e Allan Poe virtualizado, eu senti-me intensamente desfossilizada enquanto do outro lado do telefone meu amigo me dava um dos seus olhares mais cândidos e mimentos... acho que vou dormir mais feliz
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