domingo, agosto 26, 2007
sábado, agosto 18, 2007
terça-feira, agosto 14, 2007
domingo, agosto 12, 2007

Os fantasmas são etéreos, por isso são leves, porque combatem a gravidade e podem gravitar livremente nas nossas retinas, nos nossos neurónios de onirismo, nas nossas dendrites das memórias significativas; são nossos e produzidos por nós mas têm uma actividade e liberdade de acção, manifestação e aparição que nos pode apanhar desprevenidos, assustar-nos porque não os esperamos e não os reconhecemos como produção própria dos nossos produtos internos.
Assim eles podem parecer-nos pesados e densos quando não os reconhecemos como algo que faz parte de nós. Sendo eles percebidos como exteriores, surgem-nos hediondos e monstruosos, invadindo espaços que nós sentimos deverem ser-lhes alheios. Quando isto ocorre podemos entrar numa luta inócua, de os tentar afastar e remeter a um espaço fora de nós. Que nunca será possível.
quarta-feira, agosto 01, 2007
Silêncio

Silêncio, … silêncio …, … silêncio …, … silêncio … … … … … … … … … … … …
tenho palavras demais a loopingarem na minha cabeça, palavras de dores pessoais e alheias, de queixumes de insatisfações diárias, de incapacidade em entender e ser entendida, de adjectivos qualificativos para tanto e tantos, ditas e caladas, de segredos e medos, de beleza e fealdade, de certezas e dúvidas, de fascínios e horrores, de amor e ódio, de amizade, de solidariedade, de egoísmo, de verdade, de justiça, de inveja, de ciúme, de tristeza, de desalento, de felicidade, de prazer, de desejo, de esperança, de desespero, de culpa, de falhas, de impotência, de carinho, de ternura, amargas, azedas, simpáticas, acutilantes, envolventes, hipnotizantes, belas, teimosas, persistentes, casmurras, calmantes, …. Silêncio, … silêncio … … … … … … … …